Já se foi o tempo em que
as obras federais e os consórcios respeitavam a natureza, o meio ambiente. Em
Teotônio Vilela antes do inicio da duplicação da BR 101, próximo a residência
do Senhor Antônio Novinho no Gerais, existia um lugar de lazer. As crianças em
sua inocência tibungavam como peixe pequeno, mergulhavam no navegar de prazer,
outras vezes até os adultos, às margens de um pequeno lago, com um caniço na
mão, o anzol esticado na linha, e uma irrequieto, gogo que se contorcendo,
seria isca recém extraído da terra fofa e sinuosa das redondezas, donde
formigava em borbulha a água do nascedouro. No cair do sol ao entardecer ou
mesmo ao surgir da lua nua, mulheres com seus jererés e pulsares, diga-se
artefatos de pesca rudimentares, produzidos com vários noz e agulha rústica
para a pratica artesanal da pesca;
Ali naquele lugar se
extraía, além do lazer, da contemplação meditativa, o alimento levado a mesa,
dentre eles candundas, piabinhas minúsculas, um caborje ou até mesmo Muçum.
Tudo quanto falamos e pensamos em torno daquela nascente, o consórcio IVAI e a
duplicação da BR 101, a ermo sem respeitar a legislação ambiental e quaisquer
pessoa ou autoridade passando por cima do que seria infâncias futuras,
principiou a derrocada da fonte que contribuía no jorrar do líquido precioso, a
existência do Riacho das Minhocas. O IBAMA não viu, o IMA não soube e o setor
de meio ambiente da prefeitura nunca foi consultado, somente a arrogância de
quem tem presa em ganhar dinheiro e a empáfia de quem não respeita o meio
ambiente, fizeram com que a arvorezinha plantada a beira do ribeiro tombasse
morta pela força das pesadas máquinas e dos caminhões, com seus aterros
funestos.
No leito do riacho e na
nascente, tubos de concreto foram postos, por sob a camada grossa e
compactuada, removido d’além; pobrezinho do alagado, sucumbiu ao aterro, secou
e morreu o que era vivo, os que ali faziam-se presentes no amanhecer até no
entardecer já não encontram a não ser a saudade, outros como eu a repulsa, a
gana nefasta dos que querem lucrar com tudo, diminuindo custos a qualquer
custo, sobre a égide do “tem nada não”. Lembro que de todo esse investimento
não vi ainda chegar uma só nota fiscal de ISS devido ao município, se quer uma
nota de agradecimento ao se utilizarem de áreas publicas do municípios; eu vi,
vi sim! a nascente morrer, o lazer desaparecer e nenhum órgão de quaisquer que
seja a esfera cobrar responsabilidades, em tempos de preservação, de proteção
ambiental e conservação de mananciais posso dizer, cadê você IMA? Cadê você
IBAMA? Cadê? Cadê?...
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